Lista com mortos em Megaoperação no Rio revela que 97 possuíam ficha criminal

Relatório mostra que mais de 95% dos identificados tinham ligação com o Comando Vermelho; principal alvo segue foragido

04/11/2025 às 10h02
Por: Lucas Prata
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Lista com mortos em Megaoperação no Rio revela que 97 possuíam ficha criminal
A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou, na noite deste domingo (2), o perfil de 115 das 117 pessoas mortas durante a Operação Contenção, realizada na terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, zona norte da capital fluminense.
 
As informações constam em um relatório da Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública do Estado, elaborado com base em dados oficiais da corporação. O documento inclui imagens e registros das pessoas mortas na ação policial.
 
De acordo com a nota da Polícia Civil, mais de 95% dos mortos tinham ligação comprovada com o Comando Vermelho (CV), principal facção criminosa atuante no estado. Além disso, 54% eram oriundos de outros estados. Apenas dois laudos periciais foram classificados como inconclusivos.
 
Histórico criminal
 
O levantamento aponta que 97 dos mortos possuíam histórico criminal relevante, sendo que 59 estavam com mandados de prisão em aberto no momento da operação. Outros 17 não tinham registros anteriores, embora, segundo a polícia, 12 apresentassem indícios de envolvimento com o tráfico de drogas com base em publicações nas redes sociais.
 
A lista oficial classifica os mortos como “neutralizados” e revela que 62 eram de fora do Rio de Janeiro, distribuídos entre diversas regiões do país:
• 19 do Pará
• 9 do Amazonas
• 12 da Bahia
• 4 do Ceará
• 2 da Paraíba
• 1 do Maranhão
• 9 de Goiás
• 1 do Mato Grosso
• 3 do Espírito Santo
• 1 de São Paulo
• 1 do Distrito Federal
 
O documento também destaca a presença de chefes de organizações criminosas de 11 estados brasileiros, oriundos de quatro das cinco regiões do país, atualmente atuando no Rio de Janeiro.
 
Principal alvo segue foragido
 
O principal alvo da operação, Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca”, apontado como líder do Comando Vermelho, segue foragido, seis dias após a deflagração da ação.
 
Até o momento, nenhuma das pessoas mortas foi denunciada à Justiça pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Em resposta às críticas sobre a condução da operação, a OAB-RJ anunciou a criação de um observatório especial para acompanhar a apuração sobre o cumprimento da lei pelas polícias Civil e Militar durante a megaoperação.
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